domingo, 25 de agosto de 2013

Libertação


Só Deus sabe quantas horas faltam ao meu dia para todos os dias serem um Dia.
Antes, de Antes d'Ontem voei entre tarefas e entre outras tarefas questionei-me se uma mãe de 4 tem o "direito" a trabalhar (se) , a largar a família algumas muitas vezes para fazer aquilo que Ela também sente Ser um dos seus "outros" papeis.

Questionei-me se. porque não preciso, haveria de parar...

Mas um compromisso é um compromisso e lá fui eu.

Respirava e observava e deixava-Me em aberto para receber a resposta.

Ao chegar, ao pousar, ao sentir, ao falar, ao abrir e ao retornar ao centro do universo, a alma despi "", o corpo de uma mulher fragilizada chorava à minha frente o seu sufoco, interno; são deveres, obrigações, expectativas expectantes, desesperantes, aliciantes, alucinantes; é o vício, o tramado vício da perfeição e Ela chorava, e Ela berrava, e Ela enrolava-se angustiada em suas queixas, verídicas, justas, humanas, tal qual criança pequena, enroscada, enviuvada, enfiada no colo de sua mãe e compreendi assim que jamais largo para trás os meus filhos pequenos pois aquele choro É O choro; universal, contido, emocional e o meu "outro" papel é o MEU papel; provedora, justiceira daquilo que se chama Libertação.

Na angustia daqu'Ela estavam todos os choros do Mundo; todas as Mulheres, todos os Homens, todos os escravos escravatizados na sua própria moral imoral, na sua própria prisão invisível, na sua Própria sombra Perfeita da imperfeição.

O que te sufoca mais? - Perguntava

O que me sufoca?!

E a mim a resposta surgia-me como um eco seco.:

O que os outros podem pensar?

Talvez.
Provavelmente sim mas também não.

O que EU própria posso pensar e julgar de mim Própria? 

SIM. Incomoda-me!

Juíza Dura , Ríspida, Frígida, Mórbida, de mim, para mim.

Xispa-te. Pisga-te Já!

"Má Mãe?!" JAMAIS!

Sou Aquela que Dá Aquilo que Pode e Tem e isso é praticamente TUDO.

Bárbara Trigoso Jordão Rodhner

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