sábado, 18 de maio de 2013

PotinhO de meL


Hoje o meu coração dói.

Faz 18 dias que tive um bebe de nome Paloma; Tão provavelmente a minha última bebé biológica...
O cheiro dela cativa-me, o choro dela comove-me; mas sobre isso tudo já eu tinha escrito, a questão que se levanta é o toda e quão completamente "destrambelhada" hormonalmente estou neste momento... Existem os outros 3 que também levantam tudo e tanto dentro de mim.

A Carminho fez 18 meses e "teve" de levar a sua última vacina, como consequência, fez um febrão descomunal... Dou por mim a chorá-la porque ela "Ontem" era o mEU bebe e agora, perante a outra, parece Ser de um tamanho gigante. Sinto-me literalmente cortada ao meio, talvez por isso atraia tantas cesarianas na minha vida... Parece que o amor não chega para todos, não no sentido de escassez mas porque ele cresce de uma maneira tão intensa que já nem o corpo o sinto. Estou rasgada; esmagada, dividida, baralhada, emocionada, esticada! Corro para o quarto da C. para ter a certeza que a febre realmente baixou, dou por mim a mergulhar na cama de grades, a abraçá-lA, a dizer-lhe as coisas incríveis enroladas na mesma almofada, eu com os pés pendurados e de fora...:

" - Vou amar-te para todo o sempre, és o meu bebé favorito..." e tudo o mais que me ocorre e jorra de mim naquele momento. Tudo verdades, atenção, no entanto tudo "mentiras" porque são todos E de facto os meus favoritos num dado momento... Ponho a mão no peito e ainda o sinto, graças a deus estou viva! Sinto, sim, que vou rebentar, explodir... mas este coração ainda bate. Estou viva! Sinto tanto!

O útero lateja... Arde... Zangado... Ferido... Cortado... Magoado... Ele queria ter eternamente filhos mas estes já são tantos... A C enrola-se no meu braço e suspira... Está tudo a melhorar... Será que vem algum castigo?... AI!!

Diz o povo que uma desgraça não vem só ... então muito menos virá uma alegria, certo?

É que quero sentir sempre isto... Sou uma "toxico-dependente" das emoções... Pode parecer louco mas é o que me dá vida aos ossos.

Sinto-os todos, um por um (os ossos e os filhos:) e sei que os amo como se mais nada existisse e assim, sem mais nem menos, escorrega-me uma verdade pela boca.:

Carminho... És o meu potinho de mel*

E ela, tal-qual o ursinho Pooh abre os olhos, dá-me um beijinho e volta a dormir a sorrir e com isto sei:

Sim, O AMOR PODE SER INFINITO e VAI CORRER TUDO BEM.


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