quinta-feira, 17 de abril de 2014

Sombras


Tenho observado a frustração de uma boa amiga minha quando se depara com as birras ferozes da sua filha única que tem a mesma idade da nossa terceira. Vejo-a a corar, ficar com raiva por perder o controlo e no fim desesperar...

Podia ser má e esconder-me no papel da mãe perfeita mas a verdade é que, sinto, "sei", compreendo que... A filha d'Ela não tem por onde explodir, não só é única filha como tem a mãe divorciada, o mundo dela é Ela e a Mãe e a Mãe e Ela.

Todos nós precisamos de espelhos para olhar o mundo e tudo o que não queremos, não sabemos, nem podemos olhar em nós. Todos nós precisamos de um bode expiatório até um determinado ponto e eu entendo que a criança encontre entre o seio da nossa "louca" família de seis a liberdade para se expressar e experimentar.

Tenho também aprendido com esta minha nova amiga que os filhos únicos procuram sempre irmãos e que a vida é tão perfeita que sempre que tira alguém de sangue oferece-lhe outro, de Alma.

Que assim seja*

Para sempre, enquanto tivermos coragem para Amar.

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