segunda-feira, 11 de março de 2013

Tradição já nao é o que era mas é, ainda, essencial


Detergentes espalhados, bebes com as pernas despidas no chão de ladrilho frio; sao mães enlouquecidas com 300 mil filhos???! Talvez. Sao mães casadas com nórdicos barões mal educados????! Talvez, mas, certamente e sobretudo são e serão, num futuro próximo ou longínquo, simplesmente e só, mães e filhos*

A tradição já não é o que era; ponto final; por uma questão de sanidade mental actual interessa-nos continuar agarradas ao que foi no tempo do nosso tetravô e avô se tudo isso, infelizmente, se desactualizou...? Só deus sabe o quanto eu dava "tudo" para ter os meus bebes engomadinhos, com folhos e folhinhoS, plissados e coelhinhos, a toda a hora, dignos de se encher de miminhos... Mas...a economia assumidamente mudou, não há como negá-lo e com ela as necessidades e as prioridades, o tempo das empregadas internas que sabiam fazer tudo com gosto e sem zunZun entre dentes cerrados e maus olhados simplesmente findou (pelo menos nesta casa..) agora sobra-nos a hipótese de vestir roupa lavadinha SIM, com cheirinho a limão e sabão e sorrir ao som dos clássicos vinis que herdámos de várias vidas bem vividas sem os gritos habituais das casas onde ainda se pratica a fantástica goma nos colarinhos dos meninos e nas saias rodadas das princesinhas e ninguém pode correr a favor do vento, rumo à lama.

A tradição já não é o que era não ... as avós trabalham até aos "90" em escritórios e deixaram de ter tempo para fazerem sopas bem quentinhas, a maioria das escolas são forçadas a engraxar criancinhas ao invés de apoiar o educar para continuarem a ter o mínimo de inscrições requisitadas para manterem as portas abertas e até a RTP 2 deixou entrar no programa desenhos animados no mínimo esquisitos e sem lições lógicas e produtivas mas a essência da vida mantém-se, nem que seja no coração e, cá em casa, mais especificamente, na caixa encarnada que forrei com as minhas proprias mãos com um tecido arrojado onde as fadas se escondem a abençoar as poucas mas realmente importantes ocasiões que escolhemos como novos motivos e dias para festejar tradições familiares à altura da nossa altura; três pestes de palmo e meio e mais uma a caminho que a avaliar pelas cambalhotas que já dá neste ninho chamado útero deve ter um enorme "mau" feitio virado e genuíno ... A tradição já não é o que era não mas é essencial para a preservação da sanidade mental humana...

A nossa maior e nova tradição? Simplificar e aproveitar. Quando dermos conta temos idade para nos reformar...

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