Faz sete dias que uma das minhas filhas fez anos, o meu pai, como bom anfitrião que é trouxe-nos duas garrafas de monte velho, colheita de 2006. Ninguém mais, além de mim, bebe vinho nesta casa... Eu bebi.
A noite caiu mas eu permaneci. A noite caiu como tudo cai nesta vida e é na grande queda que nos apercebemos que há coisas que não caiem no jardim.
A toupeira saiu da sua toca, a coruja gritou junto da janela do meu quarto, os sapos retornados invadiram a piscina e o Ernesto, o gato, fez amor com uma felina na relva do nosso jardim... Eu não só soube chorar como me rendi totalmente ás emoções e compreendi, precisamos tanto de chorar...
A vida é um perfeito milagre feito de enormes prespectivas se nos entregarmos a ela.
Essa sou eu, verdadeiramente, dentro de mim.
Menos guerra. Mais amor, por favor...
Tal como o riso as lágrimas são um bom depurativo. Evitamo-las mas elas são tão precisas como outra coisa qualquer. Como diz o outro, deita cá para fora. Um dia, se nos conhecermos, e se já não estiver a amamentar, terei todo gosto em acompanhar-te no tinto, o meu vinho preferido. Beijinhos
ResponderEliminarCom tanto gosto! Com tinto escuro, à luz de uma mansa lua brindemos***
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